10 de setembro de 2021

Três dicas para mudar de emprego ou se recolocar


A pandemia gerada pelo novo coronavírus provocou um movimento de transformação no mercado de trabalho. Muitas profissões foram impactadas ou até perderam espaço devido ao distanciamento social implantado como forma de conter o avanço da doença. Por outro lado, outras funções ganharam destaque e ascensão. Em meio ao movimento atípico, é preciso estar atento às exigências das organizações no pós-crise.

Diante dos inúmeros efeitos causados pela instabilidade, algumas mudanças vieram para ficar no mundo corporativo, alerta a especialista em desenvolvimento humano e autora de best-sellers sobre o tema, Susanne Anjos Andrade. Ela explica como os trabalhadores precisam acentuar a bagagem profissional para permanecerem ativos no universo empresarial.

Para Susanne, dominar o uso de aplicativos e de ferramentas tecnológicas, por exemplo, será primordial para os indivíduos cujas atividades passaram a ser realizadas à distância, desde professores até vendedores, chegando a corretores de imóveis e de seguros, por exemplo. “Empresários de lojas físicas e proprietários de restaurantes os quais ainda não se adaptaram ao modelo delivery e às vendas on-line já perderam espaço para concorrentes mais antenados”, aponta.

Dicas para o pós-pandemia

Para ficar por dentro dos novos cenários do pós-pandemia, a especialista dá dicas para se recolocar no mercado. Na sua avaliação, quem executava atividades de limpeza, por exemplo, em prédios comerciais e estabelecimentos pode encontrar vagas em locais onde há muita circulação de pessoas. Afinal, nesses lugares, é essencial redobrar os cuidados com higienização e sanitização.

Mudança de profissão

O constante aperfeiçoamento e a reciclagem são fundamentais para qualquer carreira. Caso o interessado pense em mudar de área, deve tomar alguns cuidados. O primeiro ponto é identificar o seu propósito, aquilo responsável por te dar brilho nos olhos, com sentido, pondera a especialista. “Não faça um curso simplesmente porque há vagas disponíveis em determinado setor ou porque está em expansão; pior ainda é fazer por estar na moda. Na verdade, promova um movimento de autoconhecimento para a decisão ser realizada de maneira consciente”, ensina.

Diante de tantas transformações no universo organizacional, muitos acabam buscando uma nova trajetória e as pessoas mudam por um desses dois motivos, destaca a especialista: dor ou prazer. “Podemos classificar como angústia a dificuldade de se conseguir resultados positivos em um determinado ramo, seja pela diminuição de demanda, perda de clientes ou até mesmo pelas necessidades de sobrevivência”.

Essa foi a principal motivação para Lúcio Albuquerque, estudante de psicologia, em Diadema. Ele cursou três semestres de engenharia civil e até chegou a estagiar, mas percebeu o distanciamento dessa ocupação com seus valores e vontades. “Foi difícil me reposicionar, mesmo tendo pouco tempo de experiência, mas foi a melhor decisão para mim”, comenta.

A outra forma é pelo regozijo, por reconhecer novas oportunidades, seja para empreender ou pela busca de melhor qualidade de vida, ressalta Susanne. A partir daí, é possível reduzir o ritmo a partir de atividades as quais possibilitam maior leveza de atuação, menos carga ou por expansão do negócio.

Riscos e ciladas

Ao tomar a decisão, é vital ficar atento para evitar problemas futuros, pois tanto a empolgação, quanto a pressa para tomar um novo rumo podem esconder riscos e ciladas, caso não haja planejamento. É essencial poupar e aplicar dinheiro para se manter durante o tempo de aquecimento no novo nicho, ensina a especialista.

Outro ponto alertado é ir sem conhecer a realidade da carreira escolhida, seus desafios e dificuldades. Para lidar com isso, é válido ter contato com quem já está nesse setor. “O mais importante é identificar se a escolha está alinhada ao seu propósito e não mudar porque está em voga. Do contrário, haverá uma empolgação inicial e ela, no médio e longo prazo, se transformará em frustração e desmotivação no dia a dia. Além de conhecer aspectos externos, é imprescindível se conectar aos seus desejos internos”, conclui.

Carreira e felicidade: os dois andam juntos?

Fonte:Nube

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