8 de setembro de 2021

Por que fazer intercâmbio?


Estudar fora é o sonho de muitos jovens, seja pela experiência de estar totalmente imerso em uma cultura nova ou para acessar as melhores oportunidades profissionais. De acordo com uma pesquisa do The Student World, 83% dos jovens desejam realizar um intercâmbio no pós-pandemia. Você está entre eles? Veja mais nessa matéria.

Felizmente, as fronteiras de vários países estão abrindo para os brasileiros por conta do avanço da vacinação e a diminuição nos casos de Covid-19. Dados da empresa nova iorquina de consultoria para imigração, Fragomen, mostram um aumento de 30% nos pedidos de vistos para estudantes em 2021. O mesmo ocorre na Europa, chegando a 39% de crescimento, segundo o órgão do governo francês, Campus France.

A preparação

Porém, o sistema para universidades estrangeiras é diferente das nacionais e, por isso, as famílias precisam pensar nisso a partir do fim do ensino fundamental. É necessário reunir uma série de documentos e construir um currículo pessoal destacável. Dependendo da escolha feita, o valor é alto e torna-se fundamental um projeto financeiro.

A coordenadora do Núcleo de Orientação e Gestão para Atividades Internacionais do Colégio Augusto Laranja, Luciana Breda Trigo, destaca: “o grande segredo para o sucesso desse processo é a preparação. Dessa forma, o candidato terá um controle maior sobre todos os acontecimentos até a hora de embarcar.”

Luciana também comenta sobre a importância das escolas oferecerem um suporte ao estudante com esse desejo. “Muitas das vezes, funciona assim: o colégio abre uma conta para o aluno na plataforma norte-americana “Common App”. Ela organiza todas as aplicações e acompanha as etapas subsequentes nas respectivas universidades.”

Existem ainda alguns testes de proficiência de língua inglesa solicitados por diversas faculdades, principalmente dos Estados Unidos, como o conhecido Test of English as a Foreign Language – TOEFL. Em algumas instituições, também precisa estar atento ao Scholastic Aptitude Test – SAT, parecido com o Enem aplicado no Brasil.

Se o destino for o velho continente, existe uma grande arma a ser utilizada: a dupla cidadania. Quando já se tem passaporte europeu, os trâmites burocráticos reduzem bastante. O indivíduo não se enquadra na categoria de acadêmico internacional, além de não precisar se preocupar com o visto e outras questões relacionadas à permanência regular no país. Algumas nações têm planos de isenção total ou parcial das mensalidades. Ademais, facilita o acesso a opções de crédito estudantil e, após o curso, podem permanecer até quando quiser.

As vantagens

O intercâmbio traz melhorias não só no âmbito profissional, mas também no pessoal. O fato de ir sozinho, morar em outro país, com uma língua e cultura diferentes e sem conhecer ninguém, torna a pessoa independente. Ou seja, desenvolve as soft skills, tão comentadas e desejadas no mercado atualmente.

Segundo o Relatório do Intercâmbio I&V 2019-2020, aprender inglês segue sendo o maior objetivo para mais de 70% dos estudantes. Porém, existem outras vantagens nessa aventura. Como por exemplo, aprender conteúdos inexistentes no Brasil, ter experiências com outros tipos de negócios, o contato de pessoas de todo o mundo e conhecimentos para o dia a dia.

A belga, Lisa Verschilde, morou em Brasília por um ano, entre 2012 e 2013 e relata:” foi muito importante quando eu estava estudando Comércio Internacional. É sempre bom saber outra língua, mesmo o português não sendo muito falado por aqui. Na parte pessoal me ajudou muito e continua até hoje. Eu não seria a mulher de hoje sem ter vivido isso. Ir sozinha para o outro lado do mundo, aos 18 anos, sem falar nenhuma palavra foi uma experiência incrível.”

No caso dela, os laços duram até hoje. “Vão completar dez anos de quando fui morar no Brasil e eu não passo um dia sem ter alguma recordação. Mudou a minha vida e sempre serei “belgaleira”. Converso constantemente com a minha host family. Eles me marcaram muito e aquele ano mágico faz parte da minha história.”

Os tipos de intercâmbio

Esse fato é desconhecido por grande parte da população, mas não existe idade e nem apenas um modelo. São vários formatos e cidades possíveis para desbravar. Conheça algumas opções além do estudantil.

Profissional:

Para pessoas mais jovens, a partir dos 18 anos, ainda na faculdade. Elas vão para trabalhar em outros países, durante uma curta temporada, em atividades como estações de esquis, parques da Disney, cruzeiros, etc.

Terceira idade:

Idosos vão para uma troca cultural e ficam em casas de famílias estrangeiras. Parecido com o dos adolescentes, para aprimorar o idioma e viverem uma nova cultura. É muito interessante para não se sentirem sozinhos e exercitarem o cérebro.

Business:

Para profissionais fazerem cursos, especializações, mestrados, entre outros estudos voltados à carreira. Fundamental para criar network e trazer novas ideias para o seu trabalho.

Portanto, se você deseja ter essa experiência, planeje-se e prepare-se. Isso pode te dar uma grande vantagem na hora de concorrer a uma vaga.

Fonte:Nube

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