23 de fevereiro de 2018
O que você mudaria no mundo se pudesse?
O estudo ocorreu entre 15 e 26 de janeiro e contou com a participação de 5.232 participantes de todo o Brasil, com faixa etária de 15 a 26 anos. Com 46,02%, ou 2.408 votantes, a opção “corrupção” foi a mais apontada. De acordo com a analista de treinamento do Nube, Lizandra Bastos, para mudar essa realidade, além de se manter informado, a fim de exercer adequadamente a cidadania, votar consciente e colaborar para o cumprimento de leis, é preciso ser crítico. “Devemos observar todas as formas de suborno. Desde os tidos como ‘aceitáveis’ em determinados contextos, como por exemplo a compra de DVD pirata e, consequentemente, não praticar nenhuma deles!”, afirma.
Com 22,48% (1.176), o ‘racismo’ também entrou no ranking. Mesmo sendo um crime, ainda é muito praticado e os efeitos dessa dscriminação englobam desde um inconveniente, um desrespeito, diferenças de oportunidades, até a perpetuação de práticas socioculturais insensíveis e cruéis. “Podemos evidenciar alguns efeitos dessa ação nos dados coletados pelo censo brasileiro, cujos índices de pobreza, baixa escolaridade e mortalidade, por exemplo, são maiores entre os negros e ‘pardos’”, avalia a especialista.
Na visão de 17,13% (896), o “preconceito social” deveria deixar de existir. Para lidar com essa realidade é fundamental não ser conivente, aceitar e ou reproduzir práticas com raízes preconceituosas, mesmos as aparentemente inofensivas, como certos dizeres populares. “Se posicionar diante de tais situações, com educação e coerência, ajuda a disseminar consciência. É um jeito simples e uma ótima maneira de lidar com isso”, enfatiza Lizandra.
Já para 7,05% (369), a “homofobia” é o principal problema, seguida de “intolerância religiosa”, citada por 5,93% (310). No primeiro caso, é necessário aceitar os outros como eles são e respeitar as diferenças. Já com relação ao segundo, a atitude pode causar danos até na carreira. “Impede a aproximação e o relacionamento profissional com os demais. Assim, deixa-se de conhecer outros pontos de vista, explorar habilidades e talentos, limitando o desenvolvimento”, ressalta a analista.
Por fim, 1,4% (73), a presença do “chefe” tinha de ser eliminada. Para esses, precisa ficar claro o fato das implicações de não ter um superior ser relativa ao tipo de negócio e aos perfil do profissional. “Muitos precisam de um líder para produzirem mais e melhor, já outras se saem bem sozinhas. Para essas, existem corporações com o modelo horizontal, o qual não há hierarquia”, incentiva Lizandra.
Seja qual for sua opinião, é importante ressaltar: se posicione, mas respeite o espaço do outro, com educação e coerência.
Fonte: Nube