22 de maio de 2020

Home Office na medida certa



Por conta do coronavírus, corporações de todos os setores se viram obrigadas a adotar o home office como contingência para evitar o contágio. Entretanto, para implementar esse regime, é necessário um preparo cultural e estrutural da companhia, de suas lideranças e colaboradores.

Além de organizar um canto na casa e cumprir os horários, tornar esse modelo eficiente para manter a rotina semelhante a do escritório é fundamental para não cair a produtividade e resultados.

Como fica o estágio nesse cenário?

Segundo a MP 927/2020, aprendizes e estagiários têm o direito de cumprirem suas obrigações profissionais no conforto de seus lares. Quem já usou desse benefício foi a estagiária de psicologia, Barbara Carvalho, de Campinas. Para ela, a adaptação foi um desafio, mas ela conseguiu superar os impasses. “Eu gosto muito do contato olho no olho e, para mim, senti a falta disso quando comecei a atuar em casa”, conta. Uma solução encontrada por ela foi optar por priorizar as interações por vídeo. “Consigo me comunicar melhor assim”, compartilha.

Vantagens

A redução de custos com consumo, espaço físico e mobiliário estão entre os principais ganhos para a instituição. “Para os times, só o fato de ter mais tempo para realização de assuntos particulares é uma boa motivação para a adesão à modalidade”, explica Marcia Sasdelli, especialista em carreira e liderança.

A diminuição de gastos com transporte é vantagem tanto para a contratante, pois subsidia parcialmente as despesas, quanto para o funcionário, porque terá mais tempo por não gastar horas para chegar ao trabalho (principalmente nas grandes cidades). A opção de ter expedientes mais flexíveis comprovadamente aumenta a qualidade de vida e motivação. Isso, por sua vez, estimula a retenção de talentos, afinal, o indivíduo terá mais possibilidades para resolver questões pessoais.

Desvantagens

Para a corporação exercer um controle de tarefas, apesar de parecer mais complicado, ainda é possível. “A entidade deve também saber lidar com talentos os quais não se adaptam, ainda mais quando algumas encumbências são menos efetivas e necessitam da interação do ambiente presencial”, explica Marcia.

A interrupção constante da rotina por pessoas da família, assim como não estabelecer um local próprio para ficar é um dos grandes desafios para quem precisa se empenhar remotamente. De acordo com a especialista, a gestão precisa, antes de tudo, formalizar no contrato a possibilidade de exercer suas obrigações a distância. “É preciso deixar bem claro de quem é a responsabilidade dos custos com equipamentos, energia, Internet e etc.”, diz.

Segundo a atual legislação, não há necessidade de controle de jornada de quem se insere nessa prática e, por isso, não existem horas extras. Entretanto, há necessidade de mudança de mentalidade, tanto da supervisão, quanto da equipe, para garantir a qualidade da performance. “Por isso, são vitais treinamentos para tratar de temas como auto liderança, gestão de tempo, organização, comprometimento e rendimento”, complementa.

Momento de reconhecer a liderança

É necessária a definição clara do papel, responsabilidades e do comprometimento de cada membro da staff para garantir o sucesso dessa proposta. Isso é estimulado ao acompanhar o grupo de maneira mais próxima, por meio de indicadores. Realizar reuniões de feedback de forma mais constante garante o alinhamento de todos com os escopos e estratégias da empresa.

Fonte: Nube

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