7 de dezembro de 2020

Estudante do futuro: conectado, mais velho e mudando sempre


No Brasil, de acordo com o último Censo da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), são mais de 9.374.647 estudantes matriculados na EAD. Além disso, mais de 6 milhões de americanos estão buscando uma educação on-line atualmente. 

Perfil dos alunos on-line

Dados recentes divulgados nos Estados Unidos mostram: 68% dos alunos de cursos virtuais são profissionais experientes. De acordo com o especialista em educação e tecnologia e diretor da universidade americana Ambra University, Alfredo Freitas, os a pesquisa demonstra uma avaliação relevante. Ele considera o dado fundamental para compreender o perfil futuro dos estudantes de modo global, inclusive no período pós-pandêmico.

“A maneira como as pessoas buscam conhecimento vai mudar. Sairemos de uma realidade de ensino mais presencial para uma virtual e global. Ou seja, alguém do interior do Recife pode estudar em uma universidade da Inglaterra, assim como um educando de Florianópolis pode se formar em alguma universidade americana. Não há fronteiras no ensino do futuro”, avalia Freitas. 

Na visão do especialista, embora haja um aumento significativo de escolares em idade universitária os quais escolhem a educação remota, a maioria de quem está nesse formato já são profissionais de carreira. Nos EUA, o perfil é de 32 anos de idade, ou seja, alguém transitando entre áreas.

Segundo Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil, 53% dos discentes EAD são mulheres. Quase metade dos matriculados (49,78%) têm entre 31‑40 anos e a maioria deles trabalha. 

Ensino do Futuro

De acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2019, 74% dos brasileiros acessaram a Internet pelo menos uma vez nos últimos três meses. No grau de instrução, 97% dos pesquisados com curso superior entram na rede. O Brasil conta com 134 milhões de usuários de Internet.

O relatório mais recente sobre economia digital, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), aponta: os Estados Unidos possuem 242 milhões de pessoas conectadas. Antes da pandemia, elas estavam on-line e, com o isolamento social, os momentos virtuais aumentaram.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, a entrada na rede pelo celular chega a 80,2% dos domicílios brasileiros. Para o especialista em educação e tecnologia, o setor educacional foi diretamente impactado. “O ensino já está mudando. É preciso seguir a tendência mundial de investimentos em instrução virtual”, afirma Freitas.

Conexão de talentos

A graduação remota se transformou em um grande celeiro de talentos. Profissionais de altíssimo gabarito no Brasil continuam buscando formação no exterior e quem já está fora permanece procurando qualificação em instituições brasileiras. O perfil de pessoas em busca de progressão na carreira é de continuar seus estudos de forma remota.

“Especialistas com mais títulos acadêmicos têm menos tempo de ir presencialmente a sala de aula. Isso os faz procurar cada vez mais o conhecimento em casa. Sendo assim, esse ambiente virtual se transforma em um grande celeiro de talentos do mundo todo os quais podem interagir e aproveitar a conexão para expandir seus horizontes”, afirma Alfredo Freitas.

De acordo com a pesquisa americana, 22% dos acadêmicos de pós-graduação nos Estados Unidos aprendem exclusivamente on-line, em comparação com 11% dos de graduação. Quanto mais alto o nível de carreira e mais experiente é o trabalhador, menos tempo ele terá para estar em sala de aula.

Mais conectados com gente do mundo inteiro, os brasileiros apostando nessa alternativa vão também ampliar o networking. “As possibilidades são infinitas na conectividade. Interações inevitáveis e, inclusive, ofertas de trabalho no estrangeiro podem acontecer”, finaliza Freitas.

Fonte : Nube

Confira Mais Artigos