25 de agosto de 2021
Desafios psicológico da juventude em tomada de decisão
Agitado, confuso e sem tempo: essas são algumas características da adolescência. Fatores como o vestibular, o início dos desafios de uma vida adulta, a auto escola, universidade, trabalho e dinheiro provocam no jovem uma inquietação. Essas decisões normalmente instigam a moçada em razão da pressão dos pais, amigos e até mesmo do próprio ambiente social.
As fases da mente em desenvolvimento
Todo esse aperto, se cultivado ao longo do tempo, é capaz de desencadear até mesmo uma depressão. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de 30% desse grupo apresentam transtornos emocionais. Para o assessor de consciência e terapeuta, João Gonsalves, a chave para lutar contra isso é o autoconhecimento. “Afinal, essa ferramenta desvenda mistérios pessoais de quem busca uma sabedoria interior e, consequentemente, pode resolver questões sociais também’’, explica.
Além disso, a pandemia teve um grande impacto na saúde mental desses indivíduos. Apesar de não serem do conjunto de risco, eles são mais vulneráveis emocionalmente. “Assistir ao estresse dos familiares, às pessoas doentes e ainda lidar com o afastamento dos amigos são aspectos difíceis de serem assimilados por sujeitos em pleno desenvolvimento neuropsicomotor, podendo gerar danos irreversíveis”, diz a psiquiatra Danielle Admoni.
Para conseguir focar em algo e chegar a um veredito, Gonsalves orienta: “ao invés de classificar como certo ou errado, você pode simplesmente se perguntar se isso gera harmonia ou desarmonia na sua trajetória e se quer isso para o seu futuro ou não”. Então, olhar para dentro com a mente aberta pode ser a fonte da consciência da autonomia sobre o autocontrole.
Impacto da pandemia
A juventude está na fase de descobertas, formação de identidade e de novas experiências sociais. Com a Covid-19, esse processo natural foi rompido, podendo ser fator de risco ao seu intelecto. “Diferente das crianças, a moçada é muito mais independente. Ou seja, é frequente estarem fora do controle direto dos pais. Daí a importância de ficar atento aos sinais de comportamentos atípicos, tais como alterações bruscas de humor, agressividade constante, isolamento além do normal e, principalmente, o uso excessivo e recorrente de álcool, pois indicam a necessidade de uma abordagem profissional”, alerta a doutora.
Segundo a mestre e doutora em ciências e expressividade, Cristiane Romano, em meio a todas essas situações atuais, fica evidente a importância do suporte familiar, acolhimento, incentivo às atividades de lazer e estabelecimento de uma rotina saudável (alimentação, sono e exercícios). Caso necessário, vale a pena procurar um tratamento multidisciplinar com psicoterapia.
Para ela, os pais devem reconhecer os sinais de estresse, validá-los e transmitir segurança. Todo esse amparo, somado a sua maturidade, ao desenvolvimento e sua habilidade intrínseca, serão determinantes para evitar consequências piores à saúde psíquica. Ou seja, esse sustento dos responsáveis é essencial.
A vulnerabilidade da condição humana se aflorou diante da pandemia, nos fazendo lembrar da fragilidade do nosso autodomínio. “Por isso, tivemos um grande aumento de pessoas em busca de equilíbrio emocional, psicológico e estratégico para preservar seu bem-estar físico e da cabeça. Essa estabilidade é fundamental no ganho de discernimento para lidar com os imprevistos. Assim, sairão dessa mais fortalecidos”, finaliza Cristiane.
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Fonte: Nube